Justiça condena dois policiais militares por constrangimento ilegal em ato de 2013
Major e primeiro-tenente acusaram rapaz de portar rojão, mas vídeo do GLOBO revelou que artefato estava no chão
O major Fábio Pinto Gonçalves e o primeiro tenente Bruno César Andrade Ferreira da PM foram condenados nesta segunda-feira pela Auditoria de Justiça Militar por constrangimento ilegal durante uma manifestação no Centro do Rio em setembro de 2013. Um vídeo do GLOBO mostrou na época os policiais revistando um jovem e jogando um morteiro no chão. Os PMs acabaram acusando o manifestante, que foi conduzido para a delegacia, de ser o dono do artefato. O caso ocorreu num protesto de professores.
Assinada pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, a sentença diz que os policiais, “com abuso de autoridade, constrangeram a vítima mediante violência consubstanciada em sua condução coercitiva, inclusive com o uso de algemas, a fazer o que a lei não manda, qual seja, ser detido e conduzido em viatura policial até uma unidade de polícia judiciária, sem que houvesse qualquer fundada suspeita, ou justa causa, para tanto".
Afastados das ruas desde a divulgação do vídeo, eles foram condenados a um mês e seis dias de prisão. No entanto, as penas foram suspensas pelo prazo de dois anos. Segundo o Tribunal de Justiça, nesse período, os PMs vão cumprir obrigações burocráticas como comparecer em juízo uma vez por mês e deverão ter bom comportamento. Caso cometam algum delito, a pena será posta em prática.
/imgs.jusbrasil.com/publications/noticias/images/2013-651514808-2013-651388193-2013100224808-jpg-20131002-jpg-20131003-jpg.jpg)
A gravação mostra que o adolescente acusado de portar o morteiro caminhava com um grupo antes da revista. Um PM avisa: “Vem! Não corre e vem”. Já perto dos jovens, ele manda que se virem e ordena, em tom exaltado, aos colegas: “dura nas bolsas”. Uma amiga do adolescente que tenta acompanhar de perto a revista ouve de um policial o grito “tira a mão de mim”, e depois é empurrada por ele.
JOVEM FOI ALGEMADO
Nas imagens, o tenente Andrade aparece com um morteiro na mão. Ele joga o artefato no chão após abordar um jovem para revistar sua mochila. Próximo ao tenente, o major Pinto dá voz de prisão e afirma que o rapaz carregava o artefato. No vídeo, ouve-se o major Pinto dizer: “Está preso, está com três morteiros”. O jovem, ao ser algemado, diz: “Eu não fiz nada”. Para a juíza, o fato causou “grande prejuízo à imagem e à credibilidade da instituição policial militar”.
15 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.
Rio babilônia! Deveriam ser obrigados a concretizar seus cursos nas academias de Minas Gerais para aprenderem um pouco sobre polícia e cidadania. Nunca serão!!! Mas também, toda polícia é a cara de sua gente. O Rio de Janeiro merece esse tipo de polícia. Querem levar vantagem indevida em tudo. É cultural! continuar lendo
Um país sem lei que se faz apologia ao bandido e ao crime, onde a vítima é tratada como marginal a polícia é mal equipada e mal paga, tem que aturar tudo que é tipo de vagabundo e marginal e se preocupar se vai ganhar um tiro, ou ser processado, a maioria esmagadora de policiais são de pessoas de família, que quando morrem ou ficam aleijados, não tem direitos humanos visitando, não ganham prêmio e a (o) viúva (o) tem que se virar pra sobreviver, criticar é fácil, quero ver ficar no lugar deles, vai lá, sobe um morro, corre atrás de bandido armado, troca tiro !!!
Procure tratar as pessoas como VC quer ser tratado, e quase sempre será muito bem tratado, prefira sempre o respeito, a educação e a humildade ao lidar com o próximo. continuar lendo
A matéria não deixa claro se os policiais forjaram o flagrante. Se forjaram, cometeram crime grave e a pena é muito leve. Lembrando que a repressão das manifestações em 2.013, no Rio de Janeiro tinham um caráter de ópera bufa. O PT, PCdoB, PSOL, PCB e outros partidecos de extrema esquerda - inclusive a CUT, tudo por interesse eleitoreiro e de olho nas eleições de 2.014
-, incentivavam os manifestantes e os orientavam para provocar arruças e ações de bandidagem, enquanto o Governo de lacaios do PT - instrumentalizado por Sérgio Cabral - fazia a repressão, descendo o pau nos manifestantes. Tomem os vídeos da época e vejam as bandeiras amarelas do PSOL, as bandeiras da CUT (e a CUT é o governo do PT e vice versa), as bandeiras vermelhas do PCdoB e do PCB cobrem os manifestantes.
Não podemos contudo, coibir a polícia de cumprir sua obrigação. A obrigação da polícia é defender os cidadãos, defender a sociedade e defender a ordem pública. Mas ....... querem que a polícia enfrenta os bandidos - a bandidagem partidária inclusive - de mãos vazias e lhes batendo com cravos e rosas, contra trabucos e armamentos pesados - importados via contrabando - muito dessas armas fornecidas pelas FARCS e pela UNASUL.
O Brasil está em grande perigo. Os grupos de manifestações do princípio do ano sumiram e os golpistas no poder continuam organizando o golpe, inclusive importando mercenários.
Polícia é para manter a ordem pública e defender a cidadania. Não podemos ter policiais bandidos, assim como não podemos aceitar que bandidos permaneçam livres para tumultuar a Ordem pública. continuar lendo
fala o que, já é de praxe a policia forja flagrante. continuar lendo